Um grupo investigado por arrombar caixas eletrônicos e causar prejuízos milionários à Caixa Econômica é alvo da Operação Subversivos, deflagrada na manhã desta sexta-feira (25) pela Polícia Federal. Segundo a PF, dois policiais militares foram presos suspeitos de facilitar os crimes dessa organização.
Procurada pelo g1, a Caixa Econômica Federal informou que atua em conjunto com a PF para "reprimir a atuação de criminosos" (leia a nota ao fim da reportagem).
De acordo com a polícia, o grupo criminoso é oriundo de Santa Catarina e especializado em arrombamentos e furtos a bancos. Os integrantes dele usavam ferramentas elétricas de corte e outros instrumentos para violar os terminais de autoatendimento e retirar grandes valores em dinheiro.“Os agentes públicos (policiais), valendo-se dos cargos que ocupavam, teriam fornecido informações privilegiadas para facilitar a ação do grupo e garantir o sucesso dos crimes em, pelo menos, cinco ações criminosas no estado”, afirmou a PF.
O delegado Ronildo Lages, da Polícia Federal, acrescentou que essa organização é investigada desde 2022. Ele destacou ainda que os PMs indicavam aos membros do grupo as datas e os locais das agências em que deveriam cometer os arrombamentos.
Três pessoas foram presas: os policiais militares e um suspeito de integrar a quadrilha. A polícia também fez buscas e apreensões em endereços ligados aos investigados em Teresina e Altos.
Ainda conforme a PF, a ação desta sexta é um desdobramento da Operação Muros Baixos, realizada em março de 2025.
“Na ocasião, foram presos dois suspeitos que planejavam ataques a caixas eletrônicos no município de Altos e outras cidades da região metropolitana de Teresina, durante o período carnavalesco”, completou a polícia.
Os suspeitos podem responder, dentre outros crimes, por furto qualificado mediante arrombamento, associação criminosa e corrupção passiva.
Em relação aos PMs, o corregedor da Polícia Militar do Piauí, coronel Newmarcos Pessoa, declarou que eles passarão por um processo administrativo disciplinar que vai definir se eles continuarão na corporação ou perderão os cargos.
A CAIXA informa que atua conjuntamente com os órgãos de segurança pública nas investigações e operações para reprimir a atuação de criminosos. Tais informações são consideradas sigilosas e repassadas exclusivamente à Polícia Federal e demais órgãos competentes, para análise e investigação.
O banco ressalta que atua em conjunto com a Polícia Federal e contribui para operações exitosas.
A CAIXA disponibiliza informações de segurança no site da CAIXA: www.caixa.gov.br/seguranca.
fonte: G1 Piauí